Hoje tivemos a ultima sessão da Assembleia Municipal de Lisboa deste mandato.
Espanto meu, não veio a este forum o pedido para a isenção de taxas municipais aplicáveis ao evento denominado de Lisboa ao Parque da ATL (?).
Portanto, quer isto dizer que, das duas uma:
Ou este evento não é da ATL (que tem como presidente António Costa) e portanto não paga taxas, ou este evento é da CML (que tem como presidente António Costa) e portanto não paga taxas.
A única certeza que tenho é que este evento apenas acontece porque estamos em campanha eleitoral e o candidato (a presidente - António Costa) quer fazer campanha com fundos que são de todos e não apenas seus.
Publiquei, esta segunda-feira no blogue Cidadania Lx, um post com a última notícia sobre o dinheiro gasto no Parque Mayer com a medida propagandista eleitoral de António Costa.
Saliento um comentário deixado e que poderá elucidar os poucos que ainda se iludem com os truques do PS:
"Oportunidades perdidas:
Quem responsabiliza Jorge Sampaio por ter impedido o Casino ficar localizado no Parque Mayer?
Quem responsabiliza Antonio Costa por esbanjar verbas importantes do Casino para festas sem sentido e obras sem nexo.
Pedro Santana Lopes tinha e tem uma estratégia para Cidade de Lisboa, essa dita "elite intelectual" que por vaidade, ou
interesse se diz de "esquerda", andou à boleia de uma programação e estratégia genuinamente cultural de Pedro Santana Lopes.
Vale a pena ler, no semanário SOL de 11 de Setembro.
Igualdade
Que mal fez Gehry, afinal?
Se há assunto interessante de que vamos ouvindo falar, de quando em vez, é o da contratação de Frank Gehry.
Campanhas e candidaturas à parte, gostava de perguntar o seguinte: quantos arquitectos há a trabalhar em Lisboa, neste momento, escolhidos sem concurso por encomenda de autoridades públicas? Quantos? Desde o Terreiro do Paço ao Museu dos Coches?
E, já agora, em quanto importam os respectivos honorários? Ninguém quer saber? Frank Gehry terá sido o único arquitecto que até hoje trabalhou em Portugal? Ou o único que esteve para trabalhar? Se houve escolha, publicamente assumida – com cerimónias públicas nos Paços do Concelho, com assinaturas de protocolos em cerimónias oficiais, com visitas cobertas mediaticamente desde a partida até à chegada, de noite e de dia –, foi a de Frank Gehry.
Esteve com o então Presidente da República no Palácio de Belém, com o então primeiro-ministro no Palácio de São Bento, com muitos arquitectos, a começar pelo seu amigo Siza Vieira, passando por outros que fizeram questão em conhecê-lo.
A própria arquitecta Helena Roseta (que, reconheço, sempre defendeu o princípio do concurso, embora umas vezes de modo mais veemente) quis encontrar-se com Gehry, julgo que para o convidar para o Congresso da Ordem dos Arquitectos.
Outra pessoa sempre muito presente nas iniciativas de todos os executivos camarários, Guta Moura Guedes, fez questão de o convidar para uma iniciativa da Experimenta Design. Todos lhe quiseram falar, ou convidá-lo, e todos sabiam que, ao abrigo do que a lei permite, não tinha sido escolhido por concurso.
Cada vez que Gehry vinha a Lisboa era quase como a entrada de Cristiano Ronaldo nos estádios de futebol. Nada existiu de mais público e de mais assumido.
Já agora, será bom saber o que se passa com arquitectos, portugueses ou não, que estão a fazer projectos públicos sem concurso em Lisboa. Alguém os vê?
Alguém sabe quando chegam? E quem os quer entrevistar? Quem os convida e para quantas iniciativas? E alguém sabia que não tinha havido concurso quando começaram a trabalhar?
E o que importará mais: pagar dois milhões de euros ao que é talvez o mais destacado arquitecto do mundo (pelo estudo prévio para três teatros, um museu e outras áreas) ou pagar dois milhões a uma produtora para a produção de cantigas, durante um mês, por razões eleitorais, com final marcado para o próprio dia do acto eleitoral?
Estas não são palavras escritas para ganhar ou perder votos: são questões de justiça, de honra, de igualdade entre os cidadãos num país que cada vez menos sabe o que isso é.
Nada disto significa que uns sejam melhores ou piores do que outros. Eu não sou, nem nunca fui, sócio do ateliê de Frank Gehry, e só o conheci quando a opinião pública soube. Não sou daqueles que convidam os que já conhecem há muito tempo, sem que a opinião pública o saiba.
Há coisas fantásticas. O Dr. António Costa, o homem dos sete ofícios (ora é Presidente de Câmara, ora é o Presidente da Associação de Turismo de Lisboa, entre outras actividades conhecidas) conseguiu uma grande proeza.
Por forma a patrocinar a sua campanha para Lisboa, digo a animação cultural do Parque Mayer, conseguiu do seu amigo, o Secretário de Estado Bernardo Trindade, e num tempo recorde de alguns dias, uma verba de mais de 1,6M€ para um equipamento cultural efémero (?) ao abrigo das contrapartidas do Casino de Lisboa (aquelas que eram destinadas o apoio e requalificação de equipamentos culturais e desportivos).
O que é também curioso é este o evento decorrer até 11 de Outubro.
Será que esta efeméride só acontece por toda a gente saber do carinho especial que PSL tem pelo Parque Mayer?
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