Já alguém dizia...a vida continua, e eu acrescento...Lisboa também.
A União Europeia adoptou, no dia 30 de Setembro, o Plano de Acção para a Mobilidade Urbana para os próximos quatro anos, constituído por 20 medidas que vão ajudar as autoridades locais, regionais e nacionais a concretizar o objectivo de uma mobilidade urbana sustentável, com vista a “deslocações urbanas mais ecológicas, mais bem organizadas e mais fáceis”.
E Lisboa? O que é que pensa disso?
Vai uma bicicleta???
Há coisas fantásticas. O Dr. António Costa, o homem dos sete ofícios (ora é Presidente de Câmara, ora é o Presidente da Associação de Turismo de Lisboa, entre outras actividades conhecidas) conseguiu uma grande proeza.
Por forma a patrocinar a sua campanha para Lisboa, digo a animação cultural do Parque Mayer, conseguiu do seu amigo, o Secretário de Estado Bernardo Trindade, e num tempo recorde de alguns dias, uma verba de mais de 1,6M€ para um equipamento cultural efémero (?) ao abrigo das contrapartidas do Casino de Lisboa (aquelas que eram destinadas o apoio e requalificação de equipamentos culturais e desportivos).
O que é também curioso é este o evento decorrer até 11 de Outubro.
Será que esta efeméride só acontece por toda a gente saber do carinho especial que PSL tem pelo Parque Mayer?
Ontem foram divulgados os gastos dos partidos com as campanhas. Pelo que fiquei a perceber o PS é aquele que tenciona gastar mais (5,5 milhões de euros). Embora soe já a muito, sobretudo em tempos de crise, este não é o valor final. Neste montante não estão contempladas acções de campanha (não vale a pena dizer que assim não é) que o PS desenvolve via central, governo, ou via autarquias, nomeadamente Lisboa.
Vem isto a propósito do arranque de um festival "Lisboa ao Parque" que arranca hoje e acaba (veja-se o desplante) dia 11 de Outubro. Esta acção irá custar à autarquia 1,6 milhões de euros. Sim, 1,6 milhões de euros numa efémera acção, não estruturante sequer a médio prazo (lembremo-nos que há projectos para mudar aquele espaço) e que custa mais de metade daquilo que o mesmo PS aponta a Carmona Rodrigues como estando a ser um enorme ónus. E esse ónus é de facto grande, sobretudo por ser desnecessário, pois o processo da feira popular poderia já estar resolvido: Mas acções de campanha como esta, com estes encargos, não resolvem não ajudam nada e não poderão ser considerados investimento.
Apenas permitem que se divulgam números cá para fora que não correspondem à realidade, uma vez que parte desta campanha parece ser feita pelo poder.
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