Santana Lopes quer gestão da Baixa partilhada entre Câmara e comerciantes
O candidato social-democrata à Câmara Municipal de Lisboa defendeu um novo modelo de gestão para a Baixa, partilhada entre a autarquia e os representantes dos comerciantes, que deverão ser uma espécie de “administrador delegado”.
Num encontro da Associação de Comerciantes da Baixa no café Nicola, Pedro Santana Lopes manifestou a necessidade de “desatar o nó” da gestão naquela zona da capital, entregando a “pilotagem a quem se mostrou interessado e capaz”, ou seja, aos comerciantes.
Santana Lopes propõe um modelo “ousado” de partilha de responsabilidade entre autarquia e comerciantes e é contra o papel que tem tido a sociedade Frente Tejo, que acusa de gerir nas costas da câmara e dos habitantes.
Exemplo disso, afirmou, é o facto de haver “um consultor imobiliário” a contactar marcas internacionais para se instalarem nas arcadas do Terreiro do Paço.
“A Frente Tejo nasceu para estes projectos se fazerem todos sem irem a reunião de câmara, sem se saber quanto ganham os arquitectos…tudo isto vai andando”, afirmou, declarando que administradores da sociedade imobiliária estão entre “os notáveis” que o seu adversário socialista e actual presidente da Câmara, António Costa (PS), reuniu na sua comissão de honra.
Além disso, afirmou, a sociedade Frente Tejo “não tem o direito” de contratar “sem concurso de ideias” um arquitecto (Bruno Soares) para projectar o futuro Terreiro do Paço que entende que aquela praça “não se presta a ser frequentada pelas pessoas”.
Para o Terreiro do Paço, defendeu a saída dos ministérios da Administração Interna e da Agricultura.
Santana Lopes reiterou críticas à saída do Comando Metropolitano da PSP para outro concelho e à saída do aeroporto da cidade, “processos perigosíssimos” que dão a ideia de que “ali não há futuro”.
O candidato defendeu a construção de “estacionamento em altura” com “tarifas estimulantes” em locais onde hajam prédios devolutos, dentro da malha urbana, e a promoção da Baixa em consonância com o “ADN” e a identidade daquela zona para “atrair novas marcas e criar razões para que as pessoas ali morem”.
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