Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009
Lisboa inspiradora por Rodrigo Saraiva

 

 

A fantástica Estudantina Universitária de Lisboa canta "Sete Colinas"



publicado por Rodrigo Saraiva às 16:45
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2 comentários:
De josé carlos sequeira a 30 de Setembro de 2009 às 22:49
Uma das medidas mais emblemáticas, mas menos conseguidas – sejamos moderados na linguagem – da dupla Costa / Zé foi o fecho ao trânsito automóvel, aos domingos, do Terreiro do Paço.

Explicando melhor: Se colocarmos a nossa mão aberta sobre uma folha de papel e, com um lápis, desenharmos o seu contorno, obtemos esquematicamente a situação da nossa Lisboa no que respeita ao fluxo viário que a invade diariamente. A palma da mão é a cidade propriamente dita e os cinco dedos são, respectivamente, os eixos da Margem Sul, Cascais, Sintra, Loures e Vila Franca.

Os lisboetas da classe média, sem garagem, residentes na cidade, são reféns, durante a semana, das milhares de pessoas (e respectivas viaturas) que, embora sem culpa, visto que provavelmente não o fazem com especial prazer, “invadem” o espaço urbano, deixando os primeiros quase sem possibilidade de utilizar os seus automóveis, uma vez que, fazendo-o, raramente conseguem obter novamente estacionamento na zona de residência.

Já ao fim-de-semana, sobretudo no domingo, uma vez que o sábado, especialmente durante a manhã, ainda tem bastante actividade, a situação inverte-se completamente. A mole humana que, nos chamados dias úteis, percorreu, num e noutro sentido, os cinco dedos da nossa mão imaginária, está descansadamente nos seus locais de residência, sendo a vinda para Lisboa provavelmente a última situação que podem imaginar como satisfatória; até porque, nos nossos dias, a oferta dessas zonas, em termos de equipamentos de serviços e lazer é comparável (se não até superior) à que existe na cidade. Restam os que eu designo como os lisboetas resistentes, que tentam usufruir, na medida do possível, de tudo o que lhes é negado durante a semana.

Ora é nesse dia, quando a circulação é necessariamente fluida, o estacionamento compreensivelmente mais fácil e, pelo contrário, os transportes públicos são muito (muitíssimo) mais espaçados, ou até inexistentes em certas zonas, que a dupla Costa / Zé (que pelos vistos nos odeiam) resolve presentear-nos com engarrafamentos, poluição atmosférica e sonora (porque as pessoas, não se conformando, buzinam), tornando uma simples visita a parentes, residentes em zonas mais centrais, uma pilha de nervos inútil e escusada.

E todo este desprezo pelo munícipe para quê? Das poucas vezes que visitei essa grandiosa iniciativa vi mais “artistas” e “performers” que espectadores, mesmo generosamente incluindo os transeuntes, em passo apressado, rumo aos transportes fluviais.

Deixemo-nos de brincadeiras, ainda por cima caras, inúteis, chatas e sem qualquer valor acrescentado, quer do ponto de vista recreativo, quer do ponto de vista cultural.

(Continua no comentário seguinte)


De josé carlos sequeira a 30 de Setembro de 2009 às 22:52
(Continuação do comentário anterior)

Ao contrário dos actuais executivos da Câmara que, que eu saiba, não se deslocam habitualmente sem ser de automóvel, eu, apesar de andar pelo meio século mais cinco de idade, utilizo muitas vezes a bicicleta nas minhas deslocações pela cidade; percebo e apoio tudo o que diga respeito a ciclovias mas (como ciclista na cidade sei do que falo) dentro de parâmetros que protejam o utilizador da bicicleta sem – importante – dificultar a vida a quem circula de outro modo; é que, ao contrário do que estes “tristes”, que nem o epíteto de “teóricos” merecem, pensam, bicicletas, motas, autocarros, eléctricos e automóveis (transportes de superfície) não pertencem à lista de inimigos mas sim ao rol muito mais abrangente de complementares. Não nos esqueçamos que todos somos, um dia automobilistas, outro ciclistas, outro utentes dos transportes públicos e outro até peões. Como poderíamos ser oponentes se vestimos diversos tipos de pele, consoante a necessidade específica de cada momento?

Uma ciclovia não pode nem deve ser o mastodonte imaginado por esta dupla que infelizmente governou a nossa querida cidade nos últimos dois anos e picos. Mais uma vez sei do que falo. As bicicletas não podem circular paralelamente umas às outras. Basta cerca de 1 metro de cada lado das ruas, na maioria dos casos num compromisso entre o “roubo” de 50 centímetros ao passeio e 50 centímetros ao asfalto para o ciclista poder circular em segurança. Não é necessário retirar uma faixa de rodagem, como estes “otários” fizeram em vários pontos da cidade, e, pelo facto de existir uma “pista” em cada sentido, aqueles a quem eu chamo carinhosamente “duas rodas em que o animal puxa sentado”, sentem-se integrados num conjunto harmonioso, não antagónico e funcional.

Realmente é uma tristeza ver a nossa bela cidade entregue a estes “performers” de lição mal apreendida, marinheiros de alguidar, apostados em infernizar a vida dos que aqui moram, sem consistência, sem alegria e – o pior de tudo – sem sofrerem na pele as consequências das “aprendizagens de feiticeiro” que têm sido a constante da sua governação.

Alicerçados na Fé que move os escolhos, com a Esperança de que tudo se altere, tenhamos a Caridade de mandar esta “tropa” plantar girassóis lá para Fontanelas, enquanto entregamos o governo da cidade ao Pedro Santana Lopes, a quem – nota-se bem – se acende o brilho nos olhos quando confrontado com a certeza de poder contribuir (com todos nós e não contra nós) para o alcandroar de Lisboa à condição de grande cidade, moderna e europeia.


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