Segunda-feira, 14 de Setembro de 2009

Publiquei, esta segunda-feira no blogue Cidadania Lx, um post com a última notícia sobre o dinheiro gasto no Parque Mayer com a medida propagandista eleitoral de António Costa.

Saliento um comentário deixado e que poderá elucidar os poucos que ainda se iludem com os truques do PS:

 

"Oportunidades perdidas:
Quem responsabiliza Jorge Sampaio por ter impedido o Casino ficar localizado no Parque Mayer?
Quem responsabiliza Antonio Costa por esbanjar verbas importantes do Casino para festas sem sentido e obras sem nexo.

Pedro Santana Lopes tinha e tem uma estratégia para Cidade de Lisboa, essa dita "elite intelectual" que por vaidade, ou
interesse se diz de "esquerda", andou à boleia de uma programação e estratégia genuinamente cultural de Pedro Santana Lopes.
Vale a pena ler, no semanário SOL de 11 de Setembro.

Igualdade

Que mal fez Gehry, afinal?

Se há assunto interessante de que vamos ouvindo falar, de quando em vez, é o da contratação de Frank Gehry.
Campanhas e candidaturas à parte, gostava de perguntar o seguinte: quantos arquitectos há a trabalhar em Lisboa, neste momento, escolhidos sem concurso por encomenda de autoridades públicas? Quantos? Desde o Terreiro do Paço ao Museu dos Coches?
E, já agora, em quanto importam os respectivos honorários? Ninguém quer saber? Frank Gehry terá sido o único arquitecto que até hoje trabalhou em Portugal? Ou o único que esteve para trabalhar? Se houve escolha, publicamente assumida – com cerimónias públicas nos Paços do Concelho, com assinaturas de protocolos em cerimónias oficiais, com visitas cobertas mediaticamente desde a partida até à chegada, de noite e de dia –, foi a de Frank Gehry.
Esteve com o então Presidente da República no Palácio de Belém, com o então primeiro-ministro no Palácio de São Bento, com muitos arquitectos, a começar pelo seu amigo Siza Vieira, passando por outros que fizeram questão em conhecê-lo.
A própria arquitecta Helena Roseta (que, reconheço, sempre defendeu o princípio do concurso, embora umas vezes de modo mais veemente) quis encontrar-se com Gehry, julgo que para o convidar para o Congresso da Ordem dos Arquitectos.
Outra pessoa sempre muito presente nas iniciativas de todos os executivos camarários, Guta Moura Guedes, fez questão de o convidar para uma iniciativa da Experimenta Design. Todos lhe quiseram falar, ou convidá-lo, e todos sabiam que, ao abrigo do que a lei permite, não tinha sido escolhido por concurso.
Cada vez que Gehry vinha a Lisboa era quase como a entrada de Cristiano Ronaldo nos estádios de futebol. Nada existiu de mais público e de mais assumido.
Já agora, será bom saber o que se passa com arquitectos, portugueses ou não, que estão a fazer projectos públicos sem concurso em Lisboa. Alguém os vê?
Alguém sabe quando chegam? E quem os quer entrevistar? Quem os convida e para quantas iniciativas? E alguém sabia que não tinha havido concurso quando começaram a trabalhar?
E o que importará mais: pagar dois milhões de euros ao que é talvez o mais destacado arquitecto do mundo (pelo estudo prévio para três teatros, um museu e outras áreas) ou pagar dois milhões a uma produtora para a produção de cantigas, durante um mês, por razões eleitorais, com final marcado para o próprio dia do acto eleitoral?
Estas não são palavras escritas para ganhar ou perder votos: são questões de justiça, de honra, de igualdade entre os cidadãos num país que cada vez menos sabe o que isso é.
Nada disto significa que uns sejam melhores ou piores do que outros. Eu não sou, nem nunca fui, sócio do ateliê de Frank Gehry, e só o conheci quando a opinião pública soube. Não sou daqueles que convidam os que já conhecem há muito tempo, sem que a opinião pública o saiba.

10:19 AM"



publicado por Diogo Moura às 23:58
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2 comentários:
De João Mota Lopes a 15 de Setembro de 2009 às 23:35
Não poderia estar mais de acordo,
JML


De Mário Lontro a 17 de Setembro de 2009 às 12:15
Muitos dos problemas são causados por falta de informação. Ora aqui estão várias que deveriam ser do conhecimento de todos os Lisboetas. Não estamos a falar de preferências mas sim de factos, muito relevantes, que deveriam pesar nas intenções de voto de cada um.
A principal razão de escrever este comentário é que estou cansado de ver, no google, quando escrevo "Pedro Santana Lopes" aparecer:

"Notícia "nova" da Lusa, hoje, às 17,36hs: "Pedro Santana Lopes pagou 2,9 milhões a Frank Ghery por projecto que não chegou a sair do papel". ..."

também gostaria de ver logo em seguida este artigo para que as pessoas possam ter uma ideia correcta da realidade.
Por esta razão pedia ao Diogo Moura, a quem dou os parabéns pelo óptimo e objectivo post, o favor de aumentar as "tags" para este artigo, dando assim a hipótese, a mais pessoas, de conhecerem os factos. Fica a sugestão, obviamente, ao critério do autor.


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