Pela pertinência e originalidade transcrevemos o comentário de "josé carlos sequeira" a este post:
Imaginemos uma repórter de rádio ou televisão, num país onde esses meios de comunicação fossem efectivamente livres:
António Costa (AC). Nós, utilizando o metro, conseguimos vencer esta corrida.
Repórter (R): E então?
AC: Então? Fica demonstrado que a utilização dos transportes públicos é eficaz na mobilidade citadina.
(R): E então?
(AC): Então? Então como?
(R): Então e o que é que o senhor e a sua equipa fizeram, durante este mandato, para facilitar a vida a quem utiliza os transportes públicos, especialmente os de superfície?
(AC): Bom... vejamos... sabe... (virando-se para o Zé) o que é que eu digo?
(Zé): Olha diz que prometes que tudo ficará melhor daqui para a frente.
Depois a nossa repórter apanha um transeunte anónimo (eu, por exemplo) e faz-lhe as mesmas perguntas.
Repórter: Reside em Lisboa?
Transeunte: Sim.
Repórter: O que acha desta iniciativa.
Transeunte: Acho que todas as iniciativas, mesmo as mais idiotas como esta, que sensibilizem os cidadãos para a vantagem dos transportes públicos são bem vindas.
Repórter: Em sua opinião o que é que o actual Presidente da CML, António Costa, e a sua equipa fizeram, durante este mandato, para facilitar a vida a quem utiliza os transportes públicos?
Transeunte: Que os lisboetas tenham reparado, nada. Antes pelo contrário, as coisas estão cada vez piores. Vou apresentar-lhe o meu caso pessoal: sou utente, a várias horas do dia, de autocarros que circulam entre o Marquês e as Amoreiras. Uma coisa lhe posso garantir: Há uma época antes do túnel, quando, em horas de ponta, demorava 20 a 25 minutos a sair da cidade e outra depois, quando demoro menos de 5 minutos a fazer esse percurso.
Repórter: Então apoia quem promoveu a construção desse meio de escoamento do trânsito.
Transeunte: É uma opção natural entre que fez e, portanto, fará e quem nada fez e só promete.
Governar uma cidade é assumir o sentido da sua História, dar sentido ao seu projecto colectivo e dar sentido à vida das pessoas
Pedro Santana Lopes
O candidato à presidência da Câmara de Lisboa António Costa demonstra, esta terça-feira, a eficácia dos transportes públicos na mobilidade da capital através de uma corrida entre um Porsche, o Metro e um táxi.
in TSF
De facto, que grande ideia esta. Sobretudo a hora desta brilhante corrida...Ai formiga formiga, que bela cigarra me saíste...
Se há vencedores nesta corrida eles são a demagogia e o populismo.
Na Rua do Sol ao Rato existia uma fila desde o Largo do Rato até às Rua Silva Carvalho e Ferreira Borges. Na Rua Saraiva de Carvalho existia uma fila até à Rua de Santa Isabel entrando ainda na Álvares Cabral. Giríssimo: a Rua Coelho da Rocha fechada ao trânsito com cadeiras no asfalto por iniciativa certamente muito meritória da Casa Fernando Pessoa. Num dia útil. Em hora de ponta. Mesmo que não visse dava para ouvir a quilómetros de distância. Não era poesia, eram mesmo buzinas.
O editorial da revista Sábado de hoje dedica parte do texto à Cidade de Lisboa, em particular ao seu (ainda) Presidente de Câmara.
Fica a imagem para leitura.
Os exemplos da estratégia propagandística do actual executivo da Câmara Municipal de Lisboa não param de surpreender.
Depois da mórbida colocação de um cartaz dentro do Cemitério do Alto de São João, basta atravessar a estrada para encontrar mais um bom exemplo da necessidade de mudança no dia 11 de Outubro. Para que Lisboa volte a ter e fazer Sentido.
Hoje tivemos a ultima sessão da Assembleia Municipal de Lisboa deste mandato.
Espanto meu, não veio a este forum o pedido para a isenção de taxas municipais aplicáveis ao evento denominado de Lisboa ao Parque da ATL (?).
Portanto, quer isto dizer que, das duas uma:
Ou este evento não é da ATL (que tem como presidente António Costa) e portanto não paga taxas, ou este evento é da CML (que tem como presidente António Costa) e portanto não paga taxas.
A única certeza que tenho é que este evento apenas acontece porque estamos em campanha eleitoral e o candidato (a presidente - António Costa) quer fazer campanha com fundos que são de todos e não apenas seus.
Publiquei, esta segunda-feira no blogue Cidadania Lx, um post com a última notícia sobre o dinheiro gasto no Parque Mayer com a medida propagandista eleitoral de António Costa.
Saliento um comentário deixado e que poderá elucidar os poucos que ainda se iludem com os truques do PS:
"Oportunidades perdidas:
Quem responsabiliza Jorge Sampaio por ter impedido o Casino ficar localizado no Parque Mayer?
Quem responsabiliza Antonio Costa por esbanjar verbas importantes do Casino para festas sem sentido e obras sem nexo.
Pedro Santana Lopes tinha e tem uma estratégia para Cidade de Lisboa, essa dita "elite intelectual" que por vaidade, ou
interesse se diz de "esquerda", andou à boleia de uma programação e estratégia genuinamente cultural de Pedro Santana Lopes.
Vale a pena ler, no semanário SOL de 11 de Setembro.
Igualdade
Que mal fez Gehry, afinal?
Se há assunto interessante de que vamos ouvindo falar, de quando em vez, é o da contratação de Frank Gehry.
Campanhas e candidaturas à parte, gostava de perguntar o seguinte: quantos arquitectos há a trabalhar em Lisboa, neste momento, escolhidos sem concurso por encomenda de autoridades públicas? Quantos? Desde o Terreiro do Paço ao Museu dos Coches?
E, já agora, em quanto importam os respectivos honorários? Ninguém quer saber? Frank Gehry terá sido o único arquitecto que até hoje trabalhou em Portugal? Ou o único que esteve para trabalhar? Se houve escolha, publicamente assumida – com cerimónias públicas nos Paços do Concelho, com assinaturas de protocolos em cerimónias oficiais, com visitas cobertas mediaticamente desde a partida até à chegada, de noite e de dia –, foi a de Frank Gehry.
Esteve com o então Presidente da República no Palácio de Belém, com o então primeiro-ministro no Palácio de São Bento, com muitos arquitectos, a começar pelo seu amigo Siza Vieira, passando por outros que fizeram questão em conhecê-lo.
A própria arquitecta Helena Roseta (que, reconheço, sempre defendeu o princípio do concurso, embora umas vezes de modo mais veemente) quis encontrar-se com Gehry, julgo que para o convidar para o Congresso da Ordem dos Arquitectos.
Outra pessoa sempre muito presente nas iniciativas de todos os executivos camarários, Guta Moura Guedes, fez questão de o convidar para uma iniciativa da Experimenta Design. Todos lhe quiseram falar, ou convidá-lo, e todos sabiam que, ao abrigo do que a lei permite, não tinha sido escolhido por concurso.
Cada vez que Gehry vinha a Lisboa era quase como a entrada de Cristiano Ronaldo nos estádios de futebol. Nada existiu de mais público e de mais assumido.
Já agora, será bom saber o que se passa com arquitectos, portugueses ou não, que estão a fazer projectos públicos sem concurso em Lisboa. Alguém os vê?
Alguém sabe quando chegam? E quem os quer entrevistar? Quem os convida e para quantas iniciativas? E alguém sabia que não tinha havido concurso quando começaram a trabalhar?
E o que importará mais: pagar dois milhões de euros ao que é talvez o mais destacado arquitecto do mundo (pelo estudo prévio para três teatros, um museu e outras áreas) ou pagar dois milhões a uma produtora para a produção de cantigas, durante um mês, por razões eleitorais, com final marcado para o próprio dia do acto eleitoral?
Estas não são palavras escritas para ganhar ou perder votos: são questões de justiça, de honra, de igualdade entre os cidadãos num país que cada vez menos sabe o que isso é.
Nada disto significa que uns sejam melhores ou piores do que outros. Eu não sou, nem nunca fui, sócio do ateliê de Frank Gehry, e só o conheci quando a opinião pública soube. Não sou daqueles que convidam os que já conhecem há muito tempo, sem que a opinião pública o saiba.
Por Lisboa prolifera agora o micro-frenezim de obras aqui e acolá. Aquilo que faz com que os eleitores digam "estamos em ano de eleições!". A avaliar pela governação de Costa, tudo foi deixado milimetricamente para no último momento ser inaugurado e propagandeado em catadupa.
O homem que não tinha dinheiro e que depois já tinha, mas que afinal não tinha e que agora faz estas obras e que gasta aquela fortuna num festival propagandístico lá para os lados do Parque Mayer, prepara-se agora para lançar estes últimos confetis. Até lá, há que sofrer, sobretudo a partir de hoje que já começaram as aulas, com o trânsito que esses pequenos remendos causam nas artérias de Lisboa. São os passeios aqui e ali, o Terreiro do Paço (este transtorno não é pontual, pois o projecto é mau de raiz) , a Av. Santos e Castro (caótica), Telheiras, Bairro Azul e outros locais (com ciclovias à pressão) e tantos outros exemplos que poderia descrever com o tempo que perco no trânsito por Lisboa, mas que agora não pode ser.
Nunca mais chega dia 11?
Há coisas fantásticas. O Dr. António Costa, o homem dos sete ofícios (ora é Presidente de Câmara, ora é o Presidente da Associação de Turismo de Lisboa, entre outras actividades conhecidas) conseguiu uma grande proeza.
Por forma a patrocinar a sua campanha para Lisboa, digo a animação cultural do Parque Mayer, conseguiu do seu amigo, o Secretário de Estado Bernardo Trindade, e num tempo recorde de alguns dias, uma verba de mais de 1,6M€ para um equipamento cultural efémero (?) ao abrigo das contrapartidas do Casino de Lisboa (aquelas que eram destinadas o apoio e requalificação de equipamentos culturais e desportivos).
O que é também curioso é este o evento decorrer até 11 de Outubro.
Será que esta efeméride só acontece por toda a gente saber do carinho especial que PSL tem pelo Parque Mayer?
Links com Sentido
Blogs deste Campo