Um dos problemas centrais da CML é ela ser vista por quem temporariamente a ocupa como uma plataforma para concretizar sonhos dirigistas de construção de uma nova cidade à imagem do poder circulante. No entanto a CML não deveria servir para fazer "obra" no sentido estereotipado da política portuguesa, mas antes para permitir e facilitar com ordem que cada cidadão possa fazer a sua obra, alargando a fronteira de possibilidades e liberdades de cada um. É desta cataláxia enriquecedora e imprevisível que somos todos nós que nasce e cresce a cidade. Isto é difícil de compreender para um socialista e também para alguma direita dirigista, mas a candidatura do Pedro Santana Lopes só teria a ganhar se aprofundasse esta visão e respondesse a perguntas simples como o que é que os lisboetas necessitam, começando por exemplo com o que é que acontece quando um cidadão anónimo se dirige à CML para resolver um qualquer problema. É que quando alguém nos conta uma história que começa assim, intuimos de imediato que não vai acabar bem. Isto é, merecidamente, a CML. E isto é também o que não pode continuar.
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