Terça-feira, 1 de Setembro de 2009
Ficámos a saber, no final da tarde de ontem, que Sá Fernandes irá levar à próxima reunião de CML um regulamento a proibir a instalação de telas publicitárias em edifícios.
Diz ainda que "as telas apenas poderão ser colocadas em edifícios por motivos de obra.
Com fins promocionais, é apenas admitida a colocação de telas que promovam um "evento no próprio edifício, com prazo de instalação temporalmente limitado", e de "promoção imobiliária do próprio edifício".
Senão se vejamos as incongruências. Caso não fosse triste, até dava vontade de rir:
1 - Primeiro exigiu que os Partidos retirassem cartazes de locais como o Marquês de Pombal... Pode repetir?
2 - Depois exigiu que não fossem colocados em locais, conforme dita a legislação em vigor, junto a monumentos nacionais...
Terreiro do Paço, património nacional
cartaz idêntico encostado à Mãe d'Água, património mundial da UNESCO
3 - Sá Fernandes só admite publicidade em edifícios em obras? Estamos a ver...
4 - Sá Fernandes e António Costa apenas aprovam publicidade que promova o imóvel? Pois...
5 - E a "prostituição" do espaço público no lugar do dever da Câmara?
Detergente Surf nos canteiros da Fontes Pereira de Melo
Ocupação da Praça das Flores pela Skoda
Bloqueamento com o evento da Formula 1 na Av. Liberdade
e muito mais...
Será que Sá Fernandes tem a memória curta? Esperemos que os lisboetas não tenham.
De zé sequeira a 1 de Setembro de 2009 às 11:55
Caro Diogo
Acho que não devemos misturar eventos como a fórmula 1 ou até o ciclismo (descontando o exagero do número de horas de bloqueamento), com a Praça das Flores ou os canteiros. Assisti, p.e., em NY, em várias ocasiões, ao bloqueamento de ruas para a realização de filmes, com explosões e carros pelo ar. Qualquer executivo camarário pode bloquear ruas para a realização de eventos populares (como as marchas...). Uma coisa é percebermos que o Sá Fernandes não presta nem faz falta, outra é o excesso de demagogia, que se volta sempre em sentido contrário.
cumprimentos
josé sequeira
Caro José,
Não sou contra a realização deste tipo de eventos, mas sim contra a publicidade criada e espalhada à volta deles. Por acaso sabia que a Renault foi isentada no pagamento de taxas de publicidade e de ocupação de espaço público?
Numa altura em que tanto as cãmaras como as PME não têm dinheiro, vem o executivo isentar eventos comerciais e logo a Renault, empresa que poderia ter pago estes milhares de euros em taxas.
E se há excesso de demagogia, ele só poderá assentar em Sá Fernandes.
Sempre foi contra as isenções de taxas e agora é vê-lo a apresentar e aprovar propostas e mais propostas a favor das isenções.
Comentar post